Ao
reconhecer o potencial cultural e a importância da cidade de Baixo Guandu, para
a região noroeste e para o Estado do Espírito Santo por seu pioneirismo nas
formações culturais coletivas, idealizou-se a elaboração de um inventário
afetivo, que visa construir conhecimentos a partir de um amplo diálogo com a
comunidade que detém as referências culturais a serem inventariadas. A
metodologia do inventário se fundamenta na atribuição de valores simbólicos e
afetivos da comunidade e diretamente associados à historiografia local,
amparando-se no trabalho colaborativo. A elaboração do inventário afetivo
instigará os moradores a relembrar, com o máximo de detalhes possível, de todos
seus relacionamentos significativos: quais eram os sentimentos presentes, quais
foram as memórias afetivas marcantes de cada relação, barreiras, sofrimentos,
alegrias, dentre outros.
O
patrimônio cultural forma-se a partir de referências nas mais variada
diversidade cultural que estão muito presentes na história de um grupo e que
foram transmitidas entre várias gerações. Ou seja, são referências que ligam as
pessoas aos seus pais, aos seus avós e àqueles que viveram muito tempo antes
delas. São as referências que se quer transmitir às próximas gerações. Entre os
elementos que constituem a cultura de um lugar, alguns podem ser considerados
patrimônio cultural. São elementos tão importantes para o grupo que adquirem o
valor de um bem - um bem cultural - e é por meio deles que o grupo se vê e quer
ser reconhecido pelos outros.
Nesse
sentido, o objetivo principal do projeto é identificar as referências culturais
que formam patrimônio cultural da cidade de Baixo Guandu na visão de seus
moradores, por meio dos registros documentais iconográficos, audiovisuais,
sonoros ou textuais já existentes e outros produzidos ineditamente; que serão
coletados e processados durante o projeto, in
loco, visando mapear, reconhecer, valorizar e preservar os bens
patrimoniais e sua relações com os moradores da comunidade.
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