domingo, 10 de março de 2019

Álbuns de família


Toda família tem uma história que a caracteriza e que a identifica. Os álbuns de família se constituem em instrumento facilitador do resgate das narrativas e diversidades familiares. Seu manuseio evoca experiências, sentimentos. Além disso, o ato de fotografar pressupõe uma seleção, a escolha de um objeto, completada pela composição do álbum, espécie de memória editada e lugar de representação. Ao focalizar os álbuns de família, e sobre eles estimular a narrativa dos sujeitos acerca de suas fotografias (e sua cidade), pretendemos trazer à tona não a materialidade física, mas, sim, a percepção da cidade a partir desse narrar duplo, do captado na fotografia e do que a fala nos permite “enxergar”. Buscamos não uma imagem tradicional de cidade, mas a construção da investigação assentada nos sentimentos, formando croquis afetivos de medos, amores, lembranças: Nós somos o álbum, convertendo-se, ele mesmo, em consciência visual de nosso trânsito pelo tempo e pela vida.
É no exercício da relação das pessoas, das famílias, com a cidade que habitam e sua total diversidade de seres, que passa, sobretudo, por uma construção do que é a “sua” cidade que propomos uma exposição cultural da história de Baixo Guandu através de acervos pessoais e familiares baseada numa pesquisa histórica com seleção das imagens representativas e documentos históricos junto aos acervos pessoais e familiares; o trabalho visa uma exposição histórica em espaço de caráter público e cultural, realização de uma oficina trabalhando com a organização e preservação de acervos fotográfico finalizando com palestra com ampla divulgação na imprensa local e nacional.

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